quarta-feira, 18 de abril de 2012

Brasil - Manaus - AM


Manaus é a capital do estado do Amazonas. Estado este, pertencente à região Norte do Brasil.

Esteve na crista da onda no ciclo da borracha, quando os europeus descobriram a seringueira, árvore nacional de onde se extrai a matéria prima da borracha.

Manaus está localizada no coração da Floresta Amazônica, o que faz desta cidade um grande pólo turístico e ecoturístico.

Quanto ao clima, só existem 2 estações, a seca e a com chuva!! A cidade é quente e úmida todos os dias! E é no “suposto verão” que mais chove!

Resolvi conhecer Manaus em um feriado prolongado, mas infelizmente não foi longo o suficiente! Tem muitas coisas para conhecer em Manaus e nos rios da Floresta. Além de tudo, se a época for a da seca, é quase impossível passear ao ar livre quando o sol está a pino, e por isso, os programas se limitam a parte da manhã e da tardinha/noite.

Me hospedei no Tropical Manaus. O hotel é enorme, os quartos decorados com madeira escura (meio dark para o meu gosto, mas não posso dizer que seja de mau gosto), pé direito alto, sempre muito bem limpo e ainda tem um mini zoológico muito bem cuidado e se quiser, tem visitas guiadas por uma bióloga 3 vezes por semana na parte da manhã.

Tem uma agência de viagem dentro do hotel - fechei o meu passeio para nadar com o boto rosa, através dela.

Além disso, tem diversão para todas as idades e muitas delas com monitores: bingo, arco e flecha, vôlei de praia e piscina, kids club, piano bar, etc..

Praia de Ponta Negra em frente ao Hotel Tropical Manaus

Para quem quer ficar na selva, existem vários hotéis muito bem conceituados inclusive pelo guia quatro rodas.  Fui visitar o Ariaú Amazon Towers. Todo construído sobre palafitas, seus restaurantes, quartos, chalés e outras estruturas são interligadas por pontes. Para chegar aos quartos mais confortáveis, é necessário subir vários degraus de uma escadinha de madeira até quase o topo das árvores.

Ariaú Amazon Towers
Durante os 3 dias que fiquei em Manaus, 1 deles foi só para o hotel. Como disse, tem o pequeno zoológico onde a visita guiada dura umas 2 horas. E como nesta época eu já havia feito meu curso básico de fotografia, o local é mais do que apropriado para um estudo de campo!! Com vários animais, as vezes a sombra, as vezes ao sol, fazendo pose ou não, usar foco manual e foco automático... confesso que devo ter ficado umas três horas brincando de tirar foto :-) Ainda bem que minha companheira de viagem (minha filha) também adora fotografia e não ficou me podando!

Bicho Preguiça

Macaco Aranha de Cara Vermelha

Macaco de Cheiro

Macaco Velho (Pithecia pithecia)

Araras

Onça Pintada

No segundo dia fechamos um passeio que passava pelo Ariaú Amazon Towers, nadava com o boto rosa e visitava o Seringal Vila Paraíso.

Sobre o Ariaú já falei acima, já nadar com o boto rosa... é uma experiência singular! Principalmente porque é no Rio Negro. O Rio tem essa cor devido ao processo de decomposição de folhas, troncos e arbustos que acontece no leito do rio. Legal, né?! 
Mas continua sendo escuro! 
E até o rapaz que mergulha com você dar o peixinho para o boto sair da água e você poder vê-lo, a sensação desses animais tocando sua perna e você não saber do que se trata, é pura adrenalina! Mas depois que você relaxa, é SENSACIONAL! A emoção foi a mesma de ter nadado com os golfinhos!





Seringal Vila Paraíso -> O local foi construído para servir de cenário para o filme “A Selva” rodado em 2002 com atores conhecidos como Claudio Marzo, Chico Diaz e Maitê Proença. Depois disso, virou museu retratando como era a forma de viver em um seringal na época da borracha.  Foi muito “rico” entender como as coisas aconteciam. Os barões morando em casas de madeiras e externamente simples, tinham em seu interior, louças, talheres, móveis, relógios, roupas de cama, vestimentas pessoais, etc., vindas de vários cantos da Europa. O resto da vila era composto por construções abertas onde os seringueiros penduravam suas redes, o local onde era feita a borracha, um armazém, o local de troca da borracha produzida por dinheiro, uma capelinha que servia de refúgio para apaziguar o “quase” regime de escravidão, isso tudo contrastando com uma casa de banho para as damas se perfumarem com fragrâncias também vindas da Europa!


Se você gosta de história, vale a visita! O preço é pequeninho para tanta informação passada pela guia!

Casa do Barão -  Louças vindas da Ásia

Casa do Barão - Louças vindas da Europa

Casa do Barão -  Frutas

Casa do Barão -  Roupas de cama

Roupas íntimas vindas da França

Armazém com todos os artefatos para a extração do látex

Retirando o látex da seringueira

Fazendo a borracha
No terceiro dia, resolvi ir ao zoológico do CIGS (Centro de Instrução de Guerra na Selva). Fiquei sabendo que vários animais ficam soltos pelo zoológico e lá fui eu para mais um dia de estudo de campo!! 

CIGS

Araras

Gavião Pombo Pequeno

Tentativa de explicar para o macaco que ele não podia levar o suco!

Jaguatirica




Gostaria de ter feito muito mais, mas já disse que faltaram dias, né?!

De qualquer forma, aí vão dicas do que eu gostaria de ter feito:

- Teatro Amazonas -> construído em 1896 no auge do ciclo da borracha, é uma obra imponente! O Teatro ainda está aberto para peças e shows.

- Encontro das Águas -> Encontro dos Rios Negro e Solimões.  A princípio, as águas não se misturam devido às diferentes velocidades e temperaturas da água de cada um. Eles se mantém assim por 6km até a confluência onde o Rio Amazonas passa a ter a cor barrenta do rio Solimões (o Rio Negro passa a se chamar “Amazonas” após passar por Manaus e encontrar o Solimões).

- Focagem noturna -> passeio noturno (lógico!) para apreciar os hábitos dos animais da selva.

- Visita a comunidade indígena -> os índios nos apresentam seu cotidiano.

A visita à comunidade indígena e a focagem noturna são passeios realizados através dos hotéis de selva.

Comida
Toda a região norte tem uma diversidade imensa de peixes, frutas e legumes! Para se ter uma ideia, até o nosso famoso chef Alex Atala, utiliza os ingredientes de lá em seus pratos! 

Eu indico experimentar o peixe Pirarucu. Típico do Rio Amazonas, sua carne é branca e leitosa, com uma boa consistência e um gosto único!

Vou ficando por aqui mesmo! Mas se um dia eu voltar, com certeza vou com uma objetiva com grande abertura para poder fazer a focagem noturna em grande estilo ;-)

Ah... informações sobre Manaus, segue um site bem completo: http://www.manausonline.com/

Grande Abraço!

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