domingo, 27 de setembro de 2015

Chile - Ilha de Páscoa


Faz muito tempo que a Ilha de Páscoa estava na minha lista "Lugares para conhecer antes de morrer". Um sonho antigo que consegui realizar somente agora. Um lugar cheio de energia, de gente simpática e pronta para ajudar, de paisagens deslumbrantes, de comida saborosa... Um lugar que renovou minha alma...

@Marize Castro
Tongariki - Photo by Marize Castro

Um pouquinho de história...

Localizada no meio do Oceano Pacífico, a 4.100 km do Taiti e a 3.700 km de Santiago do Chile, a Ilha de Páscoa, cujo nome é uma referência ao domingo de Páscoa de 1722, em que foi (re)descoberta por navios ocidentais, é uma das três extremidades de um triângulo imaginário formado pela Nova Zelândia e pelo Havaí. Mais do que formar uma imensa área de milhões de quilômetros quadrados, esse conjunto de territórios distantes tem em comum a mesma origem polinésia e um certo gosto por histórias intrigantes.
É ali, em Te Pito o Te Henua (no "umbigo do mundo", no idioma local), que viajantes de bom gosto encontram os melhores e mais distantes mistérios de uma gente que decidiu ir longe para fincar, entre tantos outros enigmas, estátuas gigantes que parecem reverenciar seus criadores Rapanui.
Mas a ilha não é só essas estátuas, ela é o topo de uma imensa cadeia rochosa que teria se formado há uns 3 milhões de anos e que se esconde a 3 mil metros no fundo do mar. Foi a partir de grandes explosões vulcânicas que surgiram lugares de beleza rara, em todo o mundo, como os vulcões Rano Kau e Rano Raraku.
 (texto extraído do site http://wap.viagem.uol.com.br/ultnot/ilha-de-pascoa.htm)


Como chegar

A LAN é a única companhia aérea que voa para a Ilha de Páscoa. Saindo de Santiago do Chile são 5h50m até a Ilha e 3h50m para voltar para Santiago.
Nós preferimos pernoitar em Santiago tanto na ida quanto na volta.

O que fazer

Foi muito engraçado quando as pessoas me perguntavam para onde eu iria nas férias. A maioria dizia "mas o que tem para fazer lá?" :-)
Gente... tem muita coisa... Mas a pegada da ilha é ecoturismo, natureza, caminhada, cavalgada, praia, mergulho... Esqueça compras, maquiagem, salto alto... Até rola uma night, mas confesso que preferimos aproveitar o que a ilha oferecia de dia!

Então vamos lá...

Ahu Akivi - São os moais mais bem conservados da ilha. De fácil acesso, tem até um banquinho para contemplação. Para fins de luz para fotografia dos moais, o melhor horário seria na parte da tarde.
Foram restaurados em 1960. São os únicos que olham em direção ao mar, ao contrário de todos os outros da ilha que estão "olhando" para dentro da ilha (ou com o rosto virado para o chão).


Catia Miranda
Ahu Akivi

Anakena e Ahu Nau Nau - cerca de 1.300 anos atrás, duas canoas aportaram com um grupo de polinésios na baía de Anakena, colonizando o que viria a ser o ponto mais isolado do triângulo polinésio. É a única praia de areia da ilha. Vale muito a pena visitá-la. A área possui gramado, muita sombra, local para picnic e areia clarinha - o que é difícil na ilha. O banho de mar também é uma boa pedida!
Ahu Nau Nau é uma plataforma de moais que fica ao lado da praia de Anakena. Possuem os rostos bem marcados. Para fins de luz para fotografia dos moais, o melhor horário seria na parte da manhã.


Catia Miranda
Anakena (1a foto) e Ahu Nau Nau (2a foto)

Ana Kai Tangata - Essa caverna pode ser visitada no mesmo dia que visitar o "Orongo" por causa da proximidade entre eles. É pequena mas oferece uma vista maravilhosa do mar, formações rochosas e pinturas rupestres. Por ser do mesmo lado da ilha que o "Ahu Tahai", acredito que o pôr-do-sol desse ponto seja muito bonito também. Após o estacionamento são 2 minutinhos a pé até a escada que dá acesso a pequena caverna.
Para fins de fotografia, a melhor luz é a do início da manhã ou finalzinho da tarde.


Catia Miranda
Ana Kai Tangata

Mergulho com a Operadora Orca - Já havia pego referência dessa operadora ainda no Brasil. Chegando na ilha, o dono da pousada também a indicou. Logo, não tivemos dúvidas, mergulhamos 2 dias com a operadora.
Eles são bem rígidos quanto à certificação e a quanto tempo foi o seu último mergulho. Sinceramente, achei ótimo, assim mostra o profissionalismo deles.
Foi um dos melhores mergulhos que fiz. A visibilidade é sensacional. Não é a maior fauna marinha que vi, mas é possível ver tartaruga, moréia, vários tipos de peixes e corais no mergulho mais básico (9 metros). Para os que tem certificação é possível mergulhar para ver o moai submerso (22 metros) e em cavernas. A temperatura da água gira em torno dos 20ºC. Os instrutores da operadora e todos que trabalham lá são super atenciosos e cuidadosos.


Catia Miranda
Operadora Orca

Christian Saavedra
photo @Christian Saavedra O.

Christian Saavedra
photo @Christian Saavedra O.

Orongo - Ruínas de antigas aldeias cerimoniais, palco da competição do Homem Pássaro. Fica no mesmo local do vulcão Rano Kau (veja logo abaixo).


Catia Miranda
Orongo

Rano Kau - O maior vulcão da ilha. É impressionante a beleza desse lugar. Para fins de fotografia, a melhor luz - ao meu ver - para fotografar a cratera é a do meio do dia ou sem sol devido às sombras formadas pelas paredes do vulcão. É possível chegar de carro (no meio do caminho tem vários mirantes) ou por uma trilha que se inicia perto da Ana Kai Tangata. 
Não deixe de entrar para conhecer a aldeia (Orongo). Fazendo a trilha demarcada, você terá uma vista linda do vulcão.

Catia Miranda
Rano Kau

Rano Raraku - O local é mágico. Um dos "imperdíveis" da ilha. Além de ser por si só um espetáculo por oferecer uma diversidade de moais (397 em vários estágios), proporciona uma vista linda da costa leste da ilha e é possível ver os moais de "Ahu Tongariki" ao longe. Rende lindas fotos, principalmente ao final do dia.


Catia Miranda
Rano Raraku

Catia Miranda
Rano Raraku (o único moai sentado)

Centrinho - Hanga Roa é o centrinho da Ilha de Páscoa e onde quase tudo acontece. Aqui você encontrará a maioria dos restaurantes, lojas, mercados, campo de futebol, a operadora de mergulho Orca e algumas pousadas.


Catia Miranda
Av Atamu Tekena (rua principal)

Show típico - o dono da pousada me indicou esse show típico como o melhor da ilha, por contar a história de Rapa Nui de uma forma mais completa. Esse show acontece em um local chamado Te Ra’ai, que além do show, tem o restaurante. Faz parte do ingresso, um jantar com alimentos cozidos durante 6 a 7 horas debaixo de folhas de bananeira e terra. Uma experiência inesquecível.


Catia Miranda
Te Ra'ai - show típico

Tahai - Pertinho do centro da cidade, o local é ponto de encontro para ver o pôr-do-sol. Verifique o horário do pôr-do-sol e chegue até uns 20 minutos antes.


Catia Miranda
Tahai

Terevaka - O vulcão em si é bem pequeno. Mas o passeio vale a pena pela visão 360º que se tem da Ilha desde o topo. É possível chegar lá em cima a pé ou a cavalo. O passeio a cavalo é bem legal. O grupo que organiza a cavalgada é muito profissional e acredito que qualquer pousada tenha o contato. 


Catia Miranda
Terevaka

Catia Miranda
Terevaka

Tongariki - Apesar de ter lido em vários lugares que esse lugar é maravilhoso ao nascer do sol (e concordo), enfatizo que é lindo em qualquer hora do dia e de vários ângulos. Desde a fábrica de Moais (Rano Raraku) é possível ter uma visão da plataforma de moais + mar - é lindo! No fim da tarde, o sol incide de frente para os moais, permitindo uma luz linda para fotografia. 
Nesse ponto estão alinhados 15 moais em cima de uma plataforma.


Catia Miranda
Tongariki

Catia Miranda
Tongariki

Ana Kakenga - conhecida como "a caverna de duas janelas" foi um dos lugares que infelizmente não conseguimos visitar. Não existem indicações para chegar até lá. Você até vê um pontinho no mapa de pontos turísticos da cidade, mas acho que só dá para chegar com indicação dos moradores.
Se quiser conhecer, reserve pelo menos umas 3 horas. Disseram que, de onde se estaciona o carro até a entrada da caverna (que é um buraco no chão), é uma hora de caminhada.
Muitos dizem que é a caverna mais interessante da ilha e que o pôr-do-sol visto de lá é uma coisa de babar!!
Recomenda-se levar lanterna para visitar esse local.

Te Pito Kura - As pedras estão meio escondidas. É necessário ficar de frente para o moai que está com o rosto para o chão e ir contornando pela esquerda. Depois de uma corda que delimita o Moai, está um montinho de pedras. A pedra chamada "Umbigo do Mundo" se encontra dentro desse montinho de pedras.

Catia Miranda
Te Pito Kura

Onde comer

Restaurante Haka Honu - Uma rua separa o restaurante do mar. Comida muito saborosa. Atendimento simpático. Ótima escolha na ilha.

Catia Miranda
Restaurante Haka Honu

Restaurante Tataku Vave - Quase a beira do mar, o restaurante oferece uma ótima culinária. O forte é frutos do mar, mas oferece massa e carnes também. O atendimento, como em toda a ilha, é muito simpático.

Catia Miranda
Restaurante Tataku Vave

Kanahau - Almoçamos duas vezes nesse restaurante durante nossa estadia. A simpatia e a presteza da moça que nos serviu e a comida, nos conquistou. Serve massas, carnes e frutos do mar. Uma delícia.


Onde ficar

Cabañas Christophe - Escolhemos essa pousada pela proximidade do centro (1km) e pelas avaliações que li. Não me arrependi. O Christophe (dono da pousada) já estava nos esperando na chegada do voo com um colar de flores. Fez um mini tour pela cidade e foi super solícito em todos os momentos. Ficamos no chalé para 5 pessoas. Espaçoso, super limpo e muito prático (possui mini cozinha com utensílios domésticos). O café da manhã tem o essencial (frios, pães, sucos, café e leite). A internet é muito lenta, mas não foi o essencial. Atendimento nota 1000 desde o primeiro email trocado.


Catia Miranda
Recepção no aeroporto


Catia Miranda
Cabanas Christophe

Catia Miranda
Vista em frente à pousada

Dicas:
- Leve uma lanterna, pois algumas ruas não tem iluminação. Ela servirá também para visitar uma caverna chamada Ana Kakenga. E também no dia que for assistir o nascer do sol em Tongariki;
- Duas palavrinhas em Rapanui que ouvirá bastante: Iorana = olá e Maururu = obrigada;
- Dinheiro: a moeda na Ilha é o peso chileno. Alguns estabelecimentos aceitam cartão de crédito, porém, poucos. Tem um banco Santander no aeroporto e no centro da Ilha;
- Clima: as temperaturas variam no mesmo dia. Pode acordar friozinho e com o sol, pode chegar a 25ºC. A noite e pela manhã vem aquele ventinho do Pacífico e por isso fica bem fresquinho! Mas nada que precise de um casaco de neve ;-)
- Comprinhas: quem quer levar lembrancinhas da ilha, tem o Mercado Artesanal com vários stands. Fica ao lado da Igreja. Existem vários mercadinhos para comprar água, comida, biscoitos, etc.., principalmente na rua principal da ilha;
- Para quem quer entender um pouquinho mais sobre a Ilha, recomendo o livro "A companion to Easter Island" de James Grant-Peterkin. O livro não é tão guia nem tão científico. O dono da pousada nos emprestou durante nossa estadia e o levávamos para todo lado. (Tem a versão em espanhol também "Descubriendo Isla de Pascua");
- Aluguel de carro: resolvemos alugar um carro para termos maior liberdade na ilha. No centrinho, não precisa de carro, mas os pontos turísticos são distantes entre si. Alugamos direto com o Christophe (da pousada), mas tem a locadora Insular da qual li vários relatos bons. Outras opções de deslocamento são: quadriciclos, bicicleta e o ônibus de turismo que roda a cidade.
- Informações sobre a ilha no site Imagina - Isla de Pascoa.

Enfim, a Ilha de Páscoa entrou para a minha lista "MUST GO". É um lugar sem igual.

Hasta Luego!!!


sábado, 19 de setembro de 2015

França - Paris

Paris foi me conquistando aos poucos. Não foi paixão a primeira vista como acontecem com muitos e explico...
Primeiro, quase desistimos de ir para a cidade devido às várias notícias sobre roubos e atentados que estavam enchendo os jornais e redes sociais na época (Julho/2015). Como já estava tudo pago e nosso voo para o Brasil partiria de lá, resolvemos ir. 
Chegamos em Paris pela estação central de trem. Apesar da imponência no local - a estação tem uma arquitetura muito bonita e é imensa - o que me marcou foi o mal cheiro do piso inferior, onde ficam as locadoras de carro, e a falta de paciência de poucas pessoas que trabalhavam na estação com aqueles que não falavam sua língua - e olha que eu segui toda a cartilha de falar "bonjour", "s'il vous plaît" e outras palavras básicas antes de seguir falando o inglês!

Fomos para o hotel. Estava determinada a conhecer aquela Paris que todos amam e por isso resolvemos conhecer o principal cartão postal da cidade e assitir o pôr-do-sol.
Para metade da família, o coração começou a se abrir naquele momento...

Tivemos 3,5 dias e 3 noites em Paris. Pouco? Sim. Vários pontos turísticos conheci pelo lado de fora. Gostaria de ter passado horas dentro do Louvre, ter sentado ao entardecer às margens do Rio Sena, ter subido na Torre Eiffel e passeado sem pressa em Montmartre. Mas tudo bem... pelo menos senti um pouco da alma parisiense e de muitos imigrantes que vivem lá!

O que fizemos

Torre Eiffel - Não conseguimos subir porque não achei ingressos para as datas que estaríamos lá - e olha que entrei no site com 1 mês de antecedência! Assim, fomos ao entardecer para vermos o pôr-do-sol, que em julho aconteceu às 9:00pm!! 
O gramado estava cheio de gente, mal dava para achar um espacinho para sentar. Ambulantes vendiam vinho, cerveja, água e espumantes. Pensei que só ver aquela imensa construção sob o céu multicolorido de um entardecer fosse o ápice, mas não... às 10:00pm ela se acendeu e depois começou a piscar, dando um espetáculo para aquelas pessoas que ali estavam...

Catia Miranda
Torre Eiffel

Catia Miranda
Torre Eiffel

Catia Miranda
Torre Eiffel

Arco do Triunfo - Comprei os tickets com antecedência através da Conexão Paris. Aqui, o ticket dava direito a furar a fila. 
Subir as escadas cansa, mas a vista compensa! 

Catia Miranda
Arco do Triunfo

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Torre Eiffel vista do topo do Arco do Triunfo

Louvre - Não tive tempo suficiente em Paris para conhecer o museu. O ingresso não é barato para passar somente umas duas horas. Assim, resolvi conhecê-lo somente por fora.

Catia Miranda
Parte de baixo da pirâmide do Louvre

Catia Miranda
Louvre

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Louvre

Museu D´Orsay - Possui obras de Picasso, Miró... Uma pegada mais moderna! Também não entrei. Mas foi muito indicado por vários viajantes!


Catia Miranda
Museu D'Orsay

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Museu D'Orsay

Montparnasse Tower - Alguns dizem que é a vista mais bonita de Paris. Não posso afirmar que é a MAIS BONITA, mas que vale a pena... vale. No topo da torre tem um bar que serve bebidas. Assim, é possível assistir ao pôr-do-sol enquanto bebe uma taça de espumante!!!
A Montparnasse Tower possui um restaurante muito requisitado, o "Ciel de Paris" (é necessário reservar) e um bar "360 Café", dizem que é o bar panorâmico mais alto da Europa.

Notre-Dame - também comprei os ingressos pela Conexão Paris. Esse ingresso não dá direito a furar a fila, mas evita pegar a imensa fila que se forma para a bilheteria!! 
A entrada para subir no topo é diferente da entrada para entrar na Catedral. 
Preparem as pernas... são 400 e poucos degraus, mas a vista é deslumbrante!!!

Catia Miranda
Notre-Dame

Catia Miranda
Notre-Dame

Catia Miranda
Torre Eiffel vista do topo da Notre-Dame

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Notre-Dame

Catia Miranda
Fila para a Notre-Dame

Rio Sena - Por ele passam mini cruzeiros e barcos restaurantes. Sentar às margens do Rio ao entardecer deve ser uma delícia. Infelizmente só fiquei uns 5 minutinhos!

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Rio Sena

Catia Miranda
Rio Sena

Catia Miranda
Cruzeiro no Rio Sena

Versailles - O palácio foi um dos mais ricos em detalhes que já vi! É imenso e muito bem decorado. Sua arquitetura é de babar. Do lado de fora seus imensos e cuidados jardins demonstram o poder que o rei Luís XIV (o rei sol) tinha na época. 
Os portões se abrem às 9:00am, porém, filas começam a se formar a partir das 8:30am. 
Os ingressos para visitar o palácio e os jardins são distintos. É possível comprar os ingressos para o jardim no próprio dia. 
Para os que não gostam muito de andar, o local conta com carrinhos elétricos para alugar para visitar o jardim.


Catia Miranda
Versailles

Catia Miranda
Versailles

Catia Miranda
Jardins

Catia Miranda
Versailles

Catia Miranda
Jardins

Catia Miranda
Exposição nos jardins de Versailles

Onde comer

Ristorante Di Como - Descobrimos o Restaurante Di Como por acaso. Fomos muito bem recebidos pelo chef que nos ofereceu uma entrada por conta da casa e um maravilhoso limoncello ao final. Tivemos um almoço tão agradável que resolvemos voltar para o jantar. O atendimento e a comida foram excelentes como no almoço. 
Só houve uma decepção no jantar que talvez tenha sido falha de comunicação entre quem anotou o pedido e quem fechou nossa conta (Aliás, prefiro acreditar que tenha sido isso!). Tomamos um Rosso de Montalcino 2012 e pagamos por um Brunello de Montalcino 2006. Só reparei o equívoco na conta quando já havíamos ido embora. Por mais que tenha sido excelente, acho que vale a pena sempre conferir a conta. Afinal, todos somos passíveis de falhar em nossas comunicações!!!

Catia Miranda
A melhor panna cotta que já comi

Montreux Jazz Cafe - É o restaurante que mais chama atenção na estação de trem de Paris. Pedimos uma massa para não ter muito erro. Porém, não estava muito bom. Deu para matar a fome. A moça que nos atendeu foi bem simpática.

Onde ficar

Elysees Opera Hotel - Hotel em Paris é muito caro. O Elysees Opera Hotel é um ótimo custo x benefício. Perto de 3 estações de metrô, facilita muito a locomoção. Fica em uma rua tranquila a poucos metros da casa de show "Moulin Rouge". O banheiro com o sanitário é separado do banheiro com a banheira. Ambos e o quarto são pequenos mas nada impossível de se locomover. Limpeza diária e eficiente. Café da manhã bem básico e funcionários simpáticos. 
Não possui onde estacionar para descarregar as malas e você acaba parando em fila dupla.


Algumas facilidades:
- Comprei tickets para as atrações pela Conexão Paris. Os tickets chegaram pelo correio em uma semana e pude pagar via Pay Pal. Recomendo por evitar algumas filas.
- Chegamos de trem. O trecho Berna (Suíça) - Paris em um TGV, leva 4 horas. Não encontrei voo direto.
- O passeio para Versailles e o transfer para o aeroporto foram fechados com a "França entre amigos". Eles são nota 10! Falam português, super pontuais e educados. Recomendo!
- O trânsito em Paris é terrível. Nos locomovemos super bem através do metrô. Para saber qual tipo de ticket comprar, dê uma olhada nesse post no site da Conexão Paris.

Enfim.... Paris é Paris... Cidade grande, super procurada por turistas de todo o mundo. Amoleceu meu coração ao final da viagem? Sim. Gostaria de conhecê-la em outra época com mais calma. Não voltaria no mês de julho, mas na época tínhamos que coordenar a viagem com as férias escolares. Outra coisa que pega nesse mês é a temperatura que gira em torno dos 38ºC. 

Au Revoir!!!

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

França - Vale do Loire

O Vale do Loire é conhecido por "Região dos Castelos", "Jardins da França", "Região mais romântica da França", entre outras tantas que, se eu continuasse pesquisando, daria mais umas cinco denominações. Então, darei a minha, ok?! 
Para mim, o Vale do Loire é uma região belíssima, como muitas que já vi. O que a diferencia é a quantidade de castelos por m2 (com suas devidas proporções!). São mais de 300 na região. 
É uma ostentação de riqueza e de poder tanto de reis quanto de nobres. Quem sai ganhando com isso tudo somos nós com um vasto exemplo de arquitetura e jardins que remontam anos e anos de história.

Fazem parte do Vale do Loire as cidades históricas de Amboise, Angers, Blois, Chinon, Nantes, Orléans e Tours. Cidades pequenas, calmas, bonitinhas e charmosas. 

Desde 2000 a região é considerada pela UNESCO, patrimônio mundial.

Como chegar

Resolvemos alugar um carro em Paris. Chegamos na estação de trem e pegamos o carro ali mesmo. São 2h e pouquinho até Amboise - cidade que escolhemos como base. O GPS te leva direitinho e as estradas são muito boas.

Mas antes de dar tudo certo, passamos por alguns percalços - que eu vejo sempre como um aprendizado e uma forma de ajudar os outros a não passarem pela mesma situação!
1o - O GPS estava em francês. Para quem só aprendeu o básico da língua, ser guiado por um GPS falando francês não rola! Até alguém descobrir como configurava outra língua no GPS, demoramos 30 minutos para sair do estacionamento da locadora.
2o - O trânsito louco de Paris, principalmente no final da tarde. Pois é, só conseguimos sair de Paris por volta das 05:30pm. Pegar trânsito em São Paulo (minha residência) e pegar trânsito nas férias, ninguém merece!
3o - Cartão de crédito para pagar pedágio. Já havia lido sobre isso, mas não dei a devida atenção. Não sei porque os nossos cartões não funcionam nas máquinas de pedágio da Europa. Aí vocês me perguntam... mas vocês não tinham dinheiro? Sim, tínhamos. O problema foi o seguinte... Existem as cabines que aceitam dinheiro e as cabines que aceitam cartão ou "passagem automática". Só que as figuras que indicam que é dinheiro, não são moedas nem notas, o que acabou me confundindo e entrei na cabine errada. Conclusão, uma fila IMENSA de carros atrás de mim :-P. E não parou por aí... depois de acionarmos o botão de emergência, a moça que trabalha no pedágio não falava inglês. Tive que relembrar todo o francês que aprendi a 30 anos atrás, para entender o quanto teríamos que pagar. Aí ela veio já com o troco e fomos embora. Acho que ficamos nessa confusão uns 15 minutos!!!!
4o - Não falar francês. Em Paris, nos principais pontos turísticos e até mesmo na rua, as pessoas falam ou arranham o inglês, mas no Vale do Loire é mais difícil, principalmente em restaurantes menores nas cidades do Vale. A sorte é que todos foram MUITO simpáticos e acabamos nos entendendo de alguma forma.

O que fazer

São muitos os castelos no Vale do Loire.
Como ficamos somente 1 dia e meio na região, meus critérios de escolha foram proximidade e história.

Château de Chenonceau - Também conhecido como "Castelo das Damas". 
Foi edificado por Katherine Briçonnet, no início do século 16. Anos mais tarde, Diana de Poitiers, amante do rei Henrique II, foi quem desfrutou da propriedade. Com a morte do monarca, a rainha Catarina de Médicis despejou Diana.
O local é imenso. Possui área para pic-nic e restaurantes. Quem quiser, pode também alugar um barquinho e remar pela propriedade.
Como fomos em julho, resolvemos chegar bem cedo para evitar multidões.

Catia Miranda
Caminho para o Château de Chenonceau

Catia Miranda
Galeria - Vista linda para o rio

Catia Miranda
Château de Chenonceau

Catia Miranda
Adega

Catia Miranda
Jardim de Diane

Castelo de Amboise - 7 minutos a pé do nosso hotel. Por esse motivo, fui visitá-lo a tarde. Assim, poderíamos ver tudo com calma. O castelo fica bem no centro de Amboise.

Antes de passar para a coroa em 1434, o castelo pertencia, há mais de quatro séculos, à poderosa família Amboise. Durante o Renascimento, serviu de residência a vários reis franceses. O filho de Luís XI, Carlos VIII, aprecia a brandura da província de Touraine onde foi educado, tornando o castelo na sua residência de predileção. Apaixonado pela cultura italiana, convida vários artistas italianos que irão transformar totalmente o castelo em estilo renascentista...
...Luís XII convidou Leonardo da Vinci a passar uma temporada em Clos Lucé, nas imediações dos aposentos reais.
(fonte: http://www.france.fr/pt/arte-e-cultura/castelo-de-amboise.html)

Catia Miranda
Vista de Amboise desde o Castelo

Catia Miranda
Castelo de Amboise

Catia Miranda
Castelo de Amboise

Comprei os ingressos para os dois castelos acima no próprio site dos castelos. Evita filas, principalmente no verão!

Palacete de Clos Lucé - Castelo do século XV, onde Leonardo da Vinci passou seus três últimos anos de vida. A propriedade conta com um pequeno museu com maquetes sobre suas principais invenções.
Quando fomos, o jardim do castelo estava repleto de réplicas das invenções de Leonardo, muitas inclusive, para tocarmos e experimentarmos como funcionavam.

Para essa visita, não compramos com antecedência e não tivemos problema.

Catia Miranda
Palacete de Clos Lucé

Catia Miranda
Palacete de Clos Lucé e a cópia da famosa obra de da Vinci

Catia Miranda
Palacete de Clos Lucé

Château de Chambord - Esse castelo fica a 50 minutos de carro de Amboise. Aproveitamos o dia que iríamos embora e passamos por lá. Além do castelo, o espaço externo conta com vários restaurantes, adega e lojinhas.

A residência de caça escolhida por Francisco I em 1519 transforma-se rapidamente numa gigantesca e ambiciosa criação arquitetural, uma nova “maravilha do mundo” destinada a imortalizar o seu construtor, Francisco I, o "príncipe arquiteto"...
...O gigantismo de Chambord, que ultrapassa qualquer escala humana, é impressionante, tal como esta alquimia de formas e estruturas em que nada é deixado ao acaso. O Castelo de Chambord tem uma silhueta única, com a sua fachada de 156 metros, 426 salas, 77 escadarias, 282 chaminés e 800 capitéis esculpidos.
(fonte: http://www.france.fr/pt/locais-e-monumentos/castelo-de-chambord.html)

Catia Miranda
Externo do Castelo de Chambord

Catia Miranda
Uma das galerias do Castelo de Chambord

Catia Miranda
Externo do Castelo de Chambord

Onde comer

Restaurant Le 36 - O ambiente é sofisticado. Comida francesa de qualidade e muito saborosa. Atendimento muito sério (alguns podem confundir com antipatia). A vista para o rio Loire é linda. Quando for reservar, peça uma mesa na janela.

L'Ancree des Artistes - Apesar de não ter o cardápio em inglês e as pessoas que nos atenderam não falarem inglês fluente, foi um dos melhores atendimentos que tivemos na França. O moço que nos atendeu fez questão de explicar todo o cardápio. Fez um prato específico para o meu enteado (carne com batatas que não estava no cardápio) e foi super atencioso. O charme do lugar é sentar na única mesinha externa e apreciar um vinho rosé. Os crepes são muito bons.
Esse restaurante fica na Rue Nationale, 35.

La Cene - Pertinho do hotel que ficamos, esse restaurante/pizzaria tem um clima bem família. É pequeno mas com coração grande. Todos muito simpáticos e apesar de não falarem fluente o inglês, conseguimos nos entender. A pizza e o calzone estavam muito bons!
Esse restaurante fica na Rue Rabelais, 52.


Onde ficar

Durante minhas pesquisas pré-viagem, muitos escolhem Amboise, Blois ou Tours como cidade base para conhecer o Vale do Loire.
Como disse antes, escolhemos Amboise. 

Ficamos no Le Clos d'Amboise - Ocupamos os quartos "3" (dentro do prédio principal) e o "12" (quarto externo logo na entrada da propriedade). O 3 tinha uma decoração linda com mesinha para café e um banheiro com um bom espaço. O 12 era adaptável para deficiente físico o que rendeu um banheiro bem mais espaçoso do que o 3. Porém, ambos os quartos muito bons. Todos os funcionários foram muito atenciosos e educados. A área externa é uma delícia para terminar o dia com uma refeição ou uma taça de vinho. Tem salas de convívio com uma decoração bem peculiar e jogos - ótimo espaço para relaxar.

Catia Miranda
Quarto 3

Catia Miranda
Quarto 3

Catia Miranda
Área Externa


Vi vários depoimentos onde as pessoas fazem bate-e-volta de Paris. Além de achar muito pesado, afinal são 2 horas para ir mais 2 horas para voltar, a região é bem romântica. Vale curtir um entardecer em alguma cidade pequenina do Vale do Loire ou em um belo restaurante de frente para o Rio Loire.

Tem o charme dos cafés e restaurantes dos castelos também. Depois da visita, sentar e curtir com calma um café, um vinho rosé (famoso nessa região) ou um crepe, faz parte da experiência!!!


Au Revoir!!!